A vilã dos tendões

Conheça as causas da tendinite e aprenda como cuidar do problema.

Lesão por esforço repetitivo (LER) realizado no trabalho ou por esportistas de alta performance pode causar a tendinite, que é um tipo de inflamação que acomete os tendões, responsáveis por conectar os músculos aos ossos e gerar os movimentos. “O excesso de uso da articulação, por traumatismos e pelo próprio envelhecimento biológico natural das pessoas estão entre as principais causas da doença”, esclarece o ortopedista e traumatologista, com especialização em ombro e cotovelo, e professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), Marcus Vinícius Baptista.

A doença é localizada e se manifesta em áreas específicas do corpo. As principais regiões atingidas são pulsos, joelhos, tornozelos (com o tendão de Aquiles, um dos mais conhecidos) e ombros. Dores, inchaço, calor, formigamento, fisgadas e em casos mais extremos, até a perda de força em algum membro configuram os principais sintomas do problema.

Público-alvo

Apesar de acometer pessoas de todas as idades, a doença é mais comum em indivíduos que trabalham com excesso de carga, digitadores, funcionários de linha de produção e atletas de diversos tipos de modalidades, como a natação, tênis, futebol, etc. O ortopedista explica que a tendinite crônica, que faz parte do processo de envelhecimento do tendão, é um tipo de afeta mais os idosos. “Aproximadamente 25% daqueles que chegam aos 65 anos têm algum grau de lesão de tendão no ombro, articulação mais acometida, apresentando traumatismo mais grave”, afirma. Segundo ele, os diabéticos estão mais propensos a essas ocorrências.

Principais causas

– Desgaste natural;

– Movimentos repetitivos;

– Posição inadequada durante atividades físicas;

– Esforço intensivo;

– Falta de hidratação.

Cuidado nunca é demais

O tratamento vai variar de acordo com a gravidade do problema. “Cirurgia pode ser indicada em certos casos, entretanto, 90% dos pacientes que têm tendinites, se diagnosticadas e tratadas corretamente, respondem bem a medidas terapêuticas não cirúrgicas (medicamentos, fisioterapia e acupuntura)”, diz Marcus Vinicius Baptista.

Fonte: Revista Ofertão (Ed. Dezembro/2017)